terça-feira, 20 de agosto de 2013

O amor e as riquezas


Na casa do justo há grande tesouro, mas nos frutos dos perversos há perturbação. Prov 15:6

Quando li esta passagem lembrei-me de uma vez em que eu e minha família fomos na casa de um casal. A casa deles era muito bonita, chique e até, na minha opinião  exageradamente moderna. Entretanto, mesmo tendo “tudo” naquela casa, ela não era aconchegante para mim. Eu não me senti a vontade. Todas aquelas coisas materiais que eu via, tudo o que eu podia tocar e ate me surpreender por ser bonito e interessante, não me faziam sentir bem.

Sabe porque? Por que “o essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração”. E o coração enxerga o amor e este não morava ali, infelizmente. Este é o ponto desta reflexão.
Era uma casa vazia que retratava o coração daquele casal. Na residência tinha tudo, mas não tinha o principal, amor! Os meus olhos viam muitas coisas, mas não o essencial.

Bem, aí fomos outro dia visitar outro casal. Nessa casa tinha menos que o necessário. As condições deles eram bem difíceis, porem o amor que naquela casa habitava é inexplicável. A casa era cheia de amor. A querida alegria que pairava sobre cada pequeno cômodo da humilde casa e das humildes pessoas que ali moram é admirável! Alegra e ensina qualquer coração.
Foi uma noite muito agradável. Conversamos bastante e, sinceramente, todas as suaves palavras que dizia aquele casal mostravam o quão inundados de fé, mansidão, e temor a Deus (razão pela qual a casa é tão alegre!). E melhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que o muito onde há inquietação”. Pois o “temor do Senhor é a instrução da sabedoria e a humildade precede a honra” Prov 15:33

O grande tesouro que havia na casa deste querido casal é o essencial: amor de Deus! Já a diversidade de coisas que havia na casa do primeiro casal não preenchia a falta do essencial amor. Gerando inquietação. Concluimos entao que melhor é o simples havendo alegria pelo amor de Deus do que o muito havendo apenas vazio na alma!

“melhor é o bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” Pv 17
 

sábado, 11 de maio de 2013

O Grande Jardim da minha flor


Eu tinha uma flor muito bonita, flor essa que muito me ensinou e sorrisos eternos carimbou no meu coração. Ela sempre foi muito corajosa e prudente, forte e amável! Era um privilegio para mim e minha família tê-la.

Era muito admirada pela beleza de sua simplicidade e humildade. Sua inabalável alegria, até em dias de chuva forte, era contagiante.
Chegou um tempo em que a vimos um pouco cansada, fizemos o possível pra reanima-la e resolveu. Mas passou mais uns tempos e ela de novo muito cansada e sem forças estava. Demos água a ela, carinho, amor, e por alguns dias ela permanecia bem e sorria. Eu via perfeitamente o amor do Criador na vida dela. Já não eram mais as forças daquela flor e sim era o Criador a capacitando, dando forças a ela.
Ocorreu que não havia mais o que nós pudéssemos fazer. Entao o Criador, que é o Jardineiro, passou a rega-la. E nós confiamos Nele para cuidar da nossa flor. Porque na verdade foi Ele quem nos permitiu a termos.

Um dia vi a flor clamar ao Jardineiro por água e nada! Mais uma vez, e nada. A flor achou que havia sido abandonada. Nós sem nada que pudéssemos fazer a não ser confiar que o Jardineiro reapareceria logo para rega-la, mesmo assim chorávamos com a flor. Ela já não aguentava mais. Mas foi aí que ela sentiu um pinguinho da santa água do Criador a tocá-la e percebemos entao que Ele havia ido buscar mais agua para a flor, e preparar um jardim maior.
Entao a tiraram do pequeno vasinho em que se encontrava e a transportaram para um espaçoso e belo jardim, jardim esse que o Criador estava a preparar enquanto reclamavamos da demora e abandono para com a flor, enquanto duvidávamos da fidelidade do Jardineiro que muito amava aquela flor, Ele queria “tira-la das fauces da angustia e leva-la para um lugar espaçoso, em que não há aperto” Jó 36:16
Foi ela transportada ao Jardim. No começo, fiquei bem triste, pois o jardim é muito distante, eu não posso mais ve-la. Não podemos mais vê-la. E para nós que a tinhamos desde sempre conosco, cuidavamos e a amavamos e tooodos os dias a víamos, foi bem difícil. Nunca mais vê-la foi difícil.
Porem, que posso eu lamentar? A minha flor está bem, viva e feliz! Está no Grande Jardim renovada! Seria egoísmo meu a querer perto de mim estando ela tão mal. Ela necessitava ser transportada ao jardim. Lá, com o Jardineiro, é o Único lugar onde ela pode reviver e descançar.
 
Ontem, dia 10/5, completou 1 ano que a minha flor foi para lá e por isso estou a escrever.  Através dessa “parábola” conto esta real historia sobre a flor, que é minha mãe. Que está no Grande Jardim; o Reino de Deus. O bondoso  Jardineiro; Deus, sempre cuidou dela e hoje cuida de nós para suportarmos essa saudade constante e insubstituível que há no peito. Porem “O AMOR TUDO SUPORTA”! E essa flor confiava no Senhor portanto “seus dias acabaram em felicidade e seus anos em delicias” Jó 36:11
Deus sabe o que faz! Por mais que não entendamos. Mas Deus cuida de todas as flores de Seu Jardim, desde as menores ate as maiores. Carecemos de Sua Santa água, de Seus cuidados. Nos
entreguemos a Ele que é insondavelmente maravilhoso!

Obrigada Deus, por tua bondade em ter dado a mim e a minha família esta flor preciosa e valiosa. Conosco ela já não está, mas sim sob teus absolutos cuidados; o melhor lugar.Obrigada pela graça! Amem.